O futuro da moradia no Brasil segundo Susanna Marchionni, da Planet Smart City

A CEO da Planet Smart City compartilha sua experiência e sonhos para transformar o modo de viver no Brasil

O que significa, de fato, morar em uma cidade inteligente? Para Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City, não se trata apenas de tecnologia, mas de um novo modelo de viver. Em entrevista ao Dica de Imóveis, Susanna compartilhou a história por trás do projeto pioneiro no Ceará, suas inspirações e o impacto real que esse conceito tem gerado na vida de milhares de pessoas.

Susanna é italiana, mas foi no Brasil que ela encontrou terreno fértil para um sonho ousado: criar a primeira cidade inteligente social do mundo. A escolha por São Gonçalo do Amarante, no Ceará, veio após estudos e visitas de campo. O resultado é um bairro que alia infraestrutura de qualidade, soluções digitais, espaços compartilhados e, sobretudo, pertencimento.

“Tecnologia é só um dos pilares. A base de uma cidade inteligente também é feita de inclusão social, meio ambiente e planejamento urbano.”

Segundo ela, a proposta vai além de sensores e aplicativos — embora isso também exista. Os moradores contam com um aplicativo gratuito para acompanhar consumo de energia e água, participar de eventos e até visualizar áreas comuns em tempo real. Há também bibliotecas de objetos, cozinhas compartilhadas, iluminação eficiente e espaços de convivência gratuitos, como cinema e coworking.

Mas o maior diferencial, segundo Susanna, está na figura do community manager, um profissional que atua como ponte entre os moradores e a gestão da cidade. Ele orienta, acolhe e promove o sentimento de pertencimento.

“Nós não moramos em 50 ou 100 metros quadrados. Nós moramos na cidade. E ela é nossa responsabilidade.”

A experiência dos primeiros moradores comprova isso. Mesmo antes da estrutura comercial estar completa, muitos acreditaram no projeto. Hoje, o bairro já conta com padaria, pizzaria, mercadinho, academia e uma associação de moradores ativa — que participa das soluções para problemas reais, como abastecimento e energia.

Susanna destaca que não é preciso construir tudo do zero para adotar esse modelo. A Planet também atua transformando bairros existentes por meio de soluções inteligentes, como reuso de água, espaços compartilhados e energia limpa. Esse trabalho já é feito em países como Itália e Índia.

“Espaços compartilhados mudam a forma de morar. Com eles, você vive melhor em menos metros quadrados.”

A CEO também valoriza o papel dos corretores de imóveis. Para ela, quem apresenta um produto Planet deve conhecer profundamente o projeto — não apenas para vender, mas para se apaixonar por ele. Ela própria participa dos treinamentos e reforça a importância de entregar qualidade e valor ao cliente final.

“Quem vende Planet vende algo bom. E o cliente volta satisfeito, porque a infraestrutura é de alto nível e o projeto valoriza com o tempo.”

Sobre o futuro, Susanna é firme: quer ver a Planet em todos os estados do Brasil. E mais do que isso, quer ver o conceito de cidade inteligente — antes considerado exótico — se tornar o novo normal no mercado imobiliário. Um modelo que pensa no agora, mas também no amanhã, e que coloca as pessoas no centro de tudo.

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